Este é um dos maiores mitos referentes a alimentação da gestante.A alimentação está extremamente ligada ao bom desenvolvimento do bebê.Por isso faça um acompanhamento com nutricionista para garantir que você terá os nutrientes necessários durante a gravidez.
CONSIDERAÇÕES ALIMENTARES ADEQUADAS DURANTE A GESTAÇÃO:
Alimentação equilibrada é um hábito recomendado para toda a vida. Durante a gestação, a responsabilidade quanto à alimentação aumenta, uma vez que implica diretamente no perfeito desenvolvimento do feto. Muitos estudos científicos comprovam que a alimentação durante a gestação está diretamente relacionada aos hábitos e preferencias alimentares do bebê ao longo da sua vida e também a formação corporal, portanto a alimentação saudável é muito importante neste período.
A alimentação adequada ao longo do período gestacional exerce papel determinante sobre os desfechos relacionados à mãe e bebê. Contribui para prevenção de uma série de ocorrências negativas, assegura reservas biológicas necessárias ao parto e pós-parto, garante substrato para o período da lactação, como também favorece o ganho de peso adequado de acordo com o estado nutricional pré-gestacional. Ressalta-se que a inadequação do ganho de peso durante a gestação tem sido apontada como fator de risco tanto para a mãe quanto para a criança, contribuindo para a elevação da prevalência de uma série de problemas, como obesidade, diabetes, hipertensão , etc.
As refeições devem contemplar todos os grupos alimentares existentes. A gestante deverá ingerir vegetais (folhosos e legumes), frutas, carne bovina, frango, fígado (uma vez por semana), ovos e peixes: 3 x por semana (sardinha, salmão, atum, pescada, cavalinha), leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha, ervilha), cereais (arroz integral, batata, milho, entre outros), azeites (de preferência extra virgem), leite e derivados do leite (fora do horário do almoço e jantar).
As carnes deverão ser assadas, grelhadas, ensopadas ou cozidas, evitando as frituras. Recomenda-se não ingerir gordura vegetal hidrogenada, que pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento fetal, principalmente á formação das células adiposas (células de gordura).
As refeições devem ser distribuídas em seis vezes ao dia: desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia. Os intervalos em média são de três horas entre uma e outra refeição.
O ganho de peso na gestação deve ser suficiente para promover o desenvolvimento fetal completo e também para armazenar nutrientes adequados no organismo materno para o aleitamento. No caso de gestação de feto único, o ganho de peso (Kg) recomendado é:
- Gestantes com baixo peso pré-gestacional: 15,0kg (média);- Gestantes com peso adequado pré-gestacional (eutróficas): 12,5Kg (média);- Gestantes com sobrepeso pré-gestacional: 9,0Kg (média);- Gestantes com obesidade pré-gestacional: 7,0Kg (média).
No caso de gestação múltipla (dois ou mais fetos), o ganho de peso também dependerá do estado nutricional pré-gestacional, podendo variar de 11,0 Kg (obesidade pré-gestacional) a 27,9 Kg (baixo peso pré-gestacional).
A gestante deverá ter acompanhamento nutricional no pré-natal, para avaliação do estado nutricional, detecção de possíveis inadequações dietéticas, desmistificação de mitos e realização da educação alimentar e nutricional. As consultas devem ser iniciadas, preferencialmente, no primeiro trimestre da gestação.
Tanto em mulheres com gestação de feto único quanto nas gravidez gemelar (gravidez de gêmeos) pode ocorrer diminuição de peso devido às adaptações hormonais. A ação do estrogênio pode causar náuseas, vômitos e anorexia, principalmente, no primeiro trimestre, nestes casos a gestante deve se alimentar de alimentos mais sólidos e secos, como por exemplo de manhã antes de levantar da cama consumir biscoitos de polvilho sentada na cama, esperar uns 10 minutos e então levantar, desta forma pode se evitar o vomito, e se alimentar bem nos períodos que apresente apetite.
No terceiro trimestre gestacional (6º até o 9 º mês) pelo fato do bebê estar ocupando um tamanho maior uterino, pode ser que a mãe não consiga se alimentar com grandes volumes nas refeições. A orientação é que se alimente com pequenos volumes de 2 em 2 e horas, evitando fraqueza e fome repentina em um horário, fazendo com que não haja escolhas alimentares saudáveis, e ocorra o ganhe peso desnecessário.
A perda de peso após o parto ocorre, geralmente, em maior intensidade nos primeiros três meses e naquelas que amamentam exclusivamente. Os suplementos nutricionais são recomendados nas situações em que a demanda nutricional não é atendida por meio da dieta.
Sempre é adequado que procure um médico e nutricionista para acompanhamento gestacional, faz toda a diferença após o parto.
Keli Colósio – Nutricionista – CRN 12463- Nutricionista Clínica
Graduação: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas).
Pós graduação em Atendimento Nutricional : Universidade São Judas – SP (USJ).
Atendimentos para gestantes, lactantes , praticante de atividade física, hipertensos, diabéticos e diversas doenças crônicas ligada à alimentação e nutrição;
Disfunções de colesterol, triglicerídeos, intestinais, entre outras;
Especialista em Reeducação Alimentar para todas a faixa etárias, para perda e ganho de peso;
Especialista em contagem de carboidratos pela Preventa.