12/12/2017 às 16:03 Para as mamães

Gravidez e Pediatria - Introdução a maternidade

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Quando um filho nasce a pergunta sempre é: E agora? Oque faço, será que pode? É normal isso? .......Para essas e outras tantas perguntas o correto é, CONVERSE COM SEU PEDIATRA!Confira agora a introdução a maternidade escrita pelo Doutor Agnaldo Aguiari.

A MATERNIDADE

A frase que mais ouço por parte dos pais recém “empossados”, sem sombra de dúvida é:

- sabe como é, né doutor. Marinheiro de primeira viagem é assim. 

     Gente, esse coitado desse marinheiro já se aposentou como Almirante há muito tempo.

     Além do mais, engana-se quem acha que na “segunda, terceira viagem” o marinheiro também não fica preocupado. Em menor proporção, mas fica sim.

     E não pensem que esse monte de dúvidas transformado em perguntas causa mal-estar. Pelo menos a mim não. O máximo que posso fazer é dar risada das “proezas” que ouço. Mas procuro responder todas.

     Pior é que, antes de chegar ao pediatra para os esclarecimentos, principalmente a marinheira-mãe já ouviu centenas de doutoras dentre as quais: amigas, vizinhas, comadres, sogra, mãe e outras mais. Dúvida se tira com médico, que apesar de anos e anos de estudo, ainda pode se deparar com algo que não saiba responder.

     Na minha opinião, a primeira visita ao pediatra deveria ser feita ANTES do nascimento do bebê. É interessante que o pediatra vá tomando conhecimento de como está indo o seguimento pré-natal, doenças preexistentes, hipertensão, diabetes, histórico familiar de doenças genéticas, alterações ultrassonográficas, etc.

     Equivocadamente os pais podem achar que isso não tem importância alguma, pois no dia do nascimento, o pediatra que fará a recepção do bebê é o que estiver de plantão.  Os familiares podem sim escolher o pediatra que quiserem. Somente no caso deste estar impossibilitado de fazer a recepção por motivos diversos, aí sim temos um pediatra na escala de plantão que fará esse procedimento.

     A respeito do tipo de parto, informo que no caso do parto natural, a maioria dos hospitais privados já tem no seu quadro de profissionais as obstetrizes. Profissionais devidamente treinadas para acompanhar o trabalho de parto até o momento do nascimento. Ainda assim, devidamente respaldadas por um médico obstetra diuturnamente. E quero deixar claro que também não se pode demonizar a cesariana, pois a mesma tem sim suas indicações. Mas isso não é objeto de discussão para o momento.

     Enfim é importante para os pais ficarem à par da rotina do dia do nascimento: no berçário logo após nascer, que horas vai mamar, dentro de quanto tempo o bebê costuma ter alta, exames obrigatórios e sua utilidade, medicamentos, noções de higiene, amamentação, primeira visita ao consultório, se pode dar água, cuidados com coto umbilical, se é normal perder peso nos primeiros dias, se a anatomia da mama materna pode dificultar sucção, influência da alimentação da mãe nas cólicas do bebê, cuidados com visitas, etc. Aliás, essa questão de visitas merece algumas linhas a mais. Os pais, principalmente a mãe que obviamente fica mais tempo com o filho, devem ser absolutamente taxativos com as vistas, não importando QUEM QUER QUE SEJA (ninguém está acima da saúde do bebê), sempre exigindo que as pessoas estejam com vestimentas limpas, com as mãos devidamente lavadas (não basta só o álcool em gel) e se estiver com alguma doença que possa ser transmissível, o bom-senso manda NEM IR VISITAR.  Fala verdade: existe lugar mais inapropriado para as “malas” tocarem, do que as mãos e o rosto dos bebês? Outra coisa ainda com relação a visitas: as pessoas precisam entender que a mãe também precisa de descanso, precisa de pausas diárias para recompor as energias desprendidas devido à amamentação. É prudente e até educado que se ligue antes e veja qual o melhor momento para uma visita. 

     Ler, informar-se, é muito bom sim. Mas, nada trará mais segurança à mãe do que “pôr a mão na massa”. E não me refiro literalmente ao cocô não, mas ao dia-a-dia, identificar a fome, a cólica, o desconforto, a necessidade de sono, a quantidade de roupa, se pode sair de casa, quando procurar um pronto atendimento, etc.

     Nesse início da vida do bebê não pensem que as visitas ao consultório servem apenas para verificar peso e estatura do bebê. O pediatra ao solicitar informações e fazer o exame físico do bebê, analisa muita coisa, como por exemplo o desenvolvimento neuromotor da criança, reflexos que devem estar presentes, possíveis sequelas decorrentes do parto e outras mais.

     Quanto à amamentação, certamente o assunto pede uma publicação à parte. Mas só gostaria de citar o seguinte: se puder amamentar seu filho, amamente. Se não for possível, não permita jamais que outra pessoa o faça.

     E um outro assunto importantíssimo sem dúvida alguma é a alimentação do bebê. Chega a ser deprimente as condutas de pessoas que se julgam donas da verdade, pessoas que dizem saber tudo porque já criaram vários filhos e “estão todos aí fortes”. Não se deixem enganar. A alimentação do bebê tem sim seus segredos que oportunamente terei prazer em mostrar. Não pensem que maçã raspadinha e batatinha amassada com caldinho de feijão são suficientes para um bom desenvolvimento dobebê.

Agnaldo Francisco Aguiari53 anosFormado em 1988 pela Faculdade de Medicina de Catanduva.Residência médica em pediatria nos anos de 1989 e 1990.Residência médica em UTI Pediátrica no Ano de 1991.Formação em Homeopatia pelo Instituto François Lamasson de Ribeirão PretoCongressos diversos sobre área de atuaçãoCurso de Capacitação em Diagnóstico Precoce do Câncer Infanto-juvenil - Pio XII(Hospital do Amor-Barretos).

12 Dez 2017

Gravidez e Pediatria - Introdução a maternidade

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