“Se você deseja ter uma experiência de parto positiva e respeitosa é preciso informação"
Queridas leitoras (es) você já passou por um parto , ou conhece alguém que tenha sentido que seu parto foi desrespeitado? Que o médico quis induzir a cesárea por "ser mais fácil"? Você conhece seus direitos? Você procura ou procurou informações sobre o parto para decidir-se qual será o melhor para você?Você conversa com outras pessoas sobre seus medos?Você sabia que existem grupos de apoio ao parto justamente para te ajudar com todas essas questões?Confira a matéria que a Dra Aline Pinocci Brandão fez exclusivamente para o nosso blog, sobre o grupo de apoio ao parto.
Atualmente o Brasil sustenta altos índices de cesarianas desnecessárias de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a boa notícia é que esse padrão indicador vem sendo substituído por autonomia e autoconfiança das mulheres gestantes, mas ainda parir um filho por via natural não é algo tão simples como deveria ser.Vamos voltar um pouquinho na história, fazer uma linha do tempo para compreendermos as modificações que o parto sofreu com a passagem dos anos.Antigamente o parto era considerado “assunto de mulher”, as mulheres se reuniam para auxiliar o processo de parir de outra mulher, oferecendo suporte físico e emocional, doando tempo e dedicação em um processo de valores sobre o conhecimento do próprio corpo e nascimento, que eram passados de geração para geração.Entretanto, aos poucos essa assistência ao parto foi sendo substituída por uma assistência assistida por várias pessoas, principalmente nos parto da realeza nas cortes e gradativamente a figura de um cirurgião de parto foi inserida, iniciando as cesarianas e diminuindo o contato pessoal e os aspectos emocionais por tecnologia e intervenções, passando de um processo fisiológico (natural) para um evento cheio de regras, a mulher em trabalho de parto passou de sujeito e protagonista para a pessoa que pouco ou nada decide a respeito da condução do seu parto.Com a institucionalização do parto atual, a parturiente adquiriu vários recursos tecnológicos, no entanto, essa prática tecnológica nem sempre está relacionado ao cuidado da mulher como um todo, a humanização na assistência a mulher e o ao processo de nascer. Acredito que a mulher para conquistar um parto ativo novamente, onde ela seja a protagonista e tenha seu corpo e a fisiologia do nascimento respeitados, não basta somente o seu desejo e consultas básicas de pré-natal, é necessário o apoio de profissionais e grupos de mulheres que se apoiem e acreditem na natureza do poder feminino e na capacidade da mulher de parir. E foi com esse objetivo que nasceu o grupo de apoio ao parto.
Casais participantes da ultima Roda de Mães, realizado pela Dra Aline Pinocci Brandão. (foto de arquivo pessoal Dra Aline).
Como fisioterapeuta em obstetrícia estar ao lado da mulher nesse momento especial que é o gestar e parir faz toda diferença nas decisões dos casais sobre os caminhos da gestação ao parto. A gestação e o parto trazem muitas dúvidas e questionamentos sobre as mudanças do corpo e as fases do trabalho de parto, e participar de um grupo onde essas mulheres possam se informar, encontrar acolhimento, parceria, relatos de partos e experiências de outras mulheres e profissionais é essencial para uma boa condução no processo de parir e nascer.Os encontros são periódicos e reúnem gestantes, casais grávidos e familiares. Nos grupos são oferecidos informações baseadas em evidências científicas, compartilhamento de experiências, medos, ansiedades e opiniões para que possam realizar suas escolhas conscientes em um ambiente que busca inspirar, acolher e criar vínculos.
Para participar dos encontros basta clicar aqui e fazer sua inscrição.
Dra. Aline Pinocci Brandão
Fisioterapeuta – CREFITO 3/209456-F
Fisioterapeuta com atuação em Saúde da Mulher (Ginecologia e Obstetrícia)
Graduação pelo Centro Universitário Unifafibe
Formação em fisioterapia obstétrica
Pós graduação em fisioterapia pélvica – uroginecologia funcional
Atendimentos na Clínica FisioSaúde em Bebedouro.